Revista Caras Esquerdinhos no Palácio de Belém

Por estes dias começamos  a reconhecer os participantes do concurso  Casa da Revolução, organizado pelos queridos  do Bloco  e patrocinada pela nossa amiguinha TSF. Algumas caras são sempre as mesmas ( as dos manos   Anonymous, por exemplo, elegantérrimos) , o que nos faz criar laços afectivos com os personagens.

Os concorrentes são um bocado monótonos  ao nível do vestir e não sei quê. Eles de rabo de cavalo ou boina, chanatas   e mochila; elas com aquele ar sofrido de quem não conseguiu fazer a omeleta, calças largoiças compridas  ( a bela perna é neoliberal) e também chanatas ( o salto alto realça a bela e perna e já  se sabe  e não sei quê).   O tom geral fica  a meio de um jantar de amigos  do Chapitô com um convívio do RDA69.

Amiguinhos, o povo está  convosco, mas agora temos  de ir dormir porque amanhã há o concurso de pesca  da junta de freguesia de Santo Estevão.

FNV

8 thoughts on “Revista Caras Esquerdinhos no Palácio de Belém

  1. António P. Neto diz:

    Não devemos andar a ver o mesmo reality show. O que eu vi mostrava uma mulher de 50 anos a chorar baba e ranho porque não sabe o que há-de fazer à vida, tendo dois filhos no ensino superior, e que como milhares de outros portugueses utilizava o subsídio de “natal” e de “férias” para fazer face a essas despesas. Ah, e também não usava chanatas (que desse para ver) nem calças largueironas. Devia ser da idade.

  2. João. diz:

    Já eu gostei de ver o programa de austeridade e ajustamento através do parque automóvel dos conselheiros…vai ali uma crise do caraças.

  3. caramelo diz:

    Continua o ciclo da Politica Segundo Lineu. As tipas do Bloco de calças compridas e chanatas, porque mostrar a perna é contra-revolucionário (esqueceste-te de dizer que elas não se depilam, é da tradição e eu sei que respeitas a tradição), e que fazem omeletas e é um pau, e o povo legitimo que tem mais que fazer porque tem de acordar cedo porque amanhã vai à pesca a santo estevão. É o negativo dos neo-realistas mais básicos dos anos quarenta. O Carlos de Oliveira era capaz de se rir. Se encontrasses uma dessas tipas de saltos altos (numa manif não é boa ideia) ou um deles ou uma delas à pesca, podia dar-te erro de sistema.

  4. caramelo diz:

    Ná, não tens tanta pilhéria quanto pensas, mas é esse teu esforço (e só isso) esse neo-realismo blasé, que te distingue de um tal Rui Crul Tabosa, que fala muito sério em “lixo social”

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