Parece-me que, importante, importante, era chamar aqui os japoneses, não só os que sobreviveram a “Hiroshima” e “Nagasaki”, para dizerem de sua justiça. Tudo o resto, são bombas que não interessam a ninguém.
Quem crê em mim, decerto não faz frases dessas
A diferença entre acreditar em MIN, madame ou na Sciência Política é a distância entre o carjacking aos fundos das jantaradas do PS e Sócrates como Comissário Europeu quiçá como o novo Durão Barroso…bom, não isso era outra vez acreditar em MIN
A distância entre Hiroshima e Nagasaki é a distância entre um Japão feudal e fechado em si mesmo e um Japão aberto a ideias novas e a fernões mendes pintos armados de caçadeiras de tiro único e jesuítas armados do deus único
Acho que Nagasaki perdeu né…
já a distância entre deus e a ciência
é entre um ein stein que não quer que deus jogue aos dados
e uma teoria das cordas que admite um deus que queira entrar no jogo
ou saltar para cima da europa um deus desses
estylo strauss can, yes we can
O JESUÍTA EVANGELISTA TORRICELI PROVOU QUE DEUS ATÉ EXISTIA NOS VAZIOS
JÁ NEWTON DIZ QUE O MUNDO ACABA EM 2060
E HÁ AÍ SCIENÇA QUE ACABA COM ELE MUITO DEPOIS DE ACABAR CONNOSCO
LOGO CRER NA SCIÊNCIA É CRER NA FUTILIDADE DO UNIVERSO
OU NO PROPÓSITO de a futilidade ser a graça de godfred ó nosso forde?
Não tendo grande dúvida sobre o que seja acreditar em Deus, pergunto-me o que será exatamente “acreditar” na Ciência. Não será tão só acreditar que foram lançadas bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki? Esclarece-me lá isso.
Porque o Truman achou que era melhor pôr o José em respeito? … (e como é que se chegou às catapultas e a equipar as caravelas com canhões, foi para espalhar a boa nova científica ou para levar a palavra do Senhor aos infiéis?)
As motivações, é isso? Talvez acreditassem que assim punham o José em respeito, como diz o Miguel, ou talvez acreditassem que Deus, ou uma deusa do Bali assim o queriam. A única coisa inequívoca é que foram motivados por alguma coisa, e isso é da tua ciência, que usaram fórmulas matemáticas para construir a bomba, métodos de navegação aérea para chegar ao japão e que a queda das bombas aconteceu e
causou um efeito. As pessoas não acreditam na ciência (que conceito estranho), a ciência cai-lhes em cima.
Só que os deuses dos gregos não têm nada a ver com o Deus cristão (o tal que é o Único, mas só existe se se acreditar nele, se se tiver Fé). O Paul Veyne explica.
Mas estou de acordo com o caramelo: não faz sentido nenhum, de um ponto de vista científico, acreditar na Ciência, é uma frase que respeita as regras da gramática, mas que não quer dizer nada. O João acredita na Ciência. Mas o que é que o João acredita exactamente? Que a Ciência existe? (isso é uma constatação empírica, nada mais). Que os resultados obtidos de acordo com a Ciência estão sempre certos? (mas isso contradiz o espírito científico). Em concreto, em que é que o João acredita?
estou a cozer o ‘pêxe’ do almoço.
um casal de jeóvás acorda-me a um domingo.
‘-acredita em Deus?
-há 50% de existir e neste caso 50% de se preocupar conosco.’
uma vizinha jéóvá disse-me com ar agressivo que tinham concluido que Jesus não nascera a 25.XII. respondi que nunca tinha visto o Seu BI
a ciência é uma espécie de passatempo que os homens arranjaram. é como brincar com legos em criança ou com carros em adulto. a religião, ou melhor, a fé, é o seu trabalho diário. sem fé não há ciência, sem fé não há nada. um homem é a sua fé, seja ela qual for, dê-lhe ele o nome que entender. estamos condenados a isso. fazer ciência é exercitar a fé através do questionamento do mundo natural.
mas a ciência não deve nunca ser desvalorizada. não é por acaso que brincar é a actividade mais importante do ser humano, e do chimpanzé também!
O Einstein dizia que brincar é a forma superior de aprendizagem. Bem tentei explicar isso em miúdo… ( é assim que treino cães)
Não desvalorizo nada. Nem o Jesus.
Einstein, falava de Deus sem despeitos, e com muita confiança na sua cabeça. Como Bento XVI, ou Ratzinger, sentia a fé como uma Luz que ilumina entendimento.
Numa versão ‘pop’, lembro-me da Baronesa Blixen, que no cinema era levada em excursão aerea pela Savana num teco teco e exclamava, perante o seu maravilhamento ” An incredible gift. A glimpse of the world through God’s eye. And I thought: ‘Yes, I see. This is the way it was intended”
Veja-se por outro lado e.g. Saramago – estava sempre despeitado com Deus, porque achava que Ele não lhe concedia audiência. Ou seja, confundia-se e achava que tal legitimava afirmar uma dissonância/distância, i.e. afirmando uma não crença religiosa. De forma apressada, diria que andava com as candeias (de luz que ilumina) talvez ás avessas.
hã, o saramago estava despeitado com deus, porque achava que ele não lhe concedia audiência? Eu acho que não…
Mas acho interessante a sua religiosidade pop, jorg.
Não… é mais entre o Oceano e a água no fundo da tua sanita, Filipe.
Sem qualquer ofensa, evidentemente.
Parece-me que, importante, importante, era chamar aqui os japoneses, não só os que sobreviveram a “Hiroshima” e “Nagasaki”, para dizerem de sua justiça. Tudo o resto, são bombas que não interessam a ninguém.
Quem crê em mim, decerto não faz frases dessas
A diferença entre acreditar em MIN, madame ou na Sciência Política é a distância entre o carjacking aos fundos das jantaradas do PS e Sócrates como Comissário Europeu quiçá como o novo Durão Barroso…bom, não isso era outra vez acreditar em MIN
Isso é ler-me o pensamento. Brilhante, PAI.
[…] De resto, carjacker que rouba povojacker tem mil anos de perdão. […]
A distância entre Hiroshima e Nagasaki é a distância entre um Japão feudal e fechado em si mesmo e um Japão aberto a ideias novas e a fernões mendes pintos armados de caçadeiras de tiro único e jesuítas armados do deus único
Acho que Nagasaki perdeu né…
já a distância entre deus e a ciência
é entre um ein stein que não quer que deus jogue aos dados
e uma teoria das cordas que admite um deus que queira entrar no jogo
ou saltar para cima da europa um deus desses
estylo strauss can, yes we can
O JESUÍTA EVANGELISTA TORRICELI PROVOU QUE DEUS ATÉ EXISTIA NOS VAZIOS
JÁ NEWTON DIZ QUE O MUNDO ACABA EM 2060
E HÁ AÍ SCIENÇA QUE ACABA COM ELE MUITO DEPOIS DE ACABAR CONNOSCO
LOGO CRER NA SCIÊNCIA É CRER NA FUTILIDADE DO UNIVERSO
OU NO PROPÓSITO de a futilidade ser a graça de godfred ó nosso forde?
Eu gosto mais das semelhanças e proximidades. São mais inspiradoras e não se encontram pares de cidades que sustentem analogias….
Quase, quase, finalmente alguém.
Proximidades y semelhanças : é o que lá está…
O que lá está é, no meu modesto entendimento, um singular.
Eu usei “proximidades e semelhanças” – portanto, um plural…. :-)))
vero, vero…mas podem, literariamente, considerar-se …parecidas.
“Prodígios e vertigens da analogia”, de Jacques Bouveresse, Um belo livro.
Não tendo grande dúvida sobre o que seja acreditar em Deus, pergunto-me o que será exatamente “acreditar” na Ciência. Não será tão só acreditar que foram lançadas bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki? Esclarece-me lá isso.
Como sa chegou à Fat Boy? Por que lá se chegou?
Porque o Truman achou que era melhor pôr o José em respeito? … (e como é que se chegou às catapultas e a equipar as caravelas com canhões, foi para espalhar a boa nova científica ou para levar a palavra do Senhor aos infiéis?)
As motivações, é isso? Talvez acreditassem que assim punham o José em respeito, como diz o Miguel, ou talvez acreditassem que Deus, ou uma deusa do Bali assim o queriam. A única coisa inequívoca é que foram motivados por alguma coisa, e isso é da tua ciência, que usaram fórmulas matemáticas para construir a bomba, métodos de navegação aérea para chegar ao japão e que a queda das bombas aconteceu e
causou um efeito. As pessoas não acreditam na ciência (que conceito estranho), a ciência cai-lhes em cima.
Está tudo explicado no Ajax ( Sófocles). Os gregos sabiam que os homens viriam a competir com os deuses, nao sabiam é que seria via ciência.
Ná. Mas convenceste-me a ir ler o Ajax, já não é mau.
Escolhe a tradução da Maria Helena Rocha Pereira.
Ευχαριστω
de nada
Só que os deuses dos gregos não têm nada a ver com o Deus cristão (o tal que é o Único, mas só existe se se acreditar nele, se se tiver Fé). O Paul Veyne explica.
Mas estou de acordo com o caramelo: não faz sentido nenhum, de um ponto de vista científico, acreditar na Ciência, é uma frase que respeita as regras da gramática, mas que não quer dizer nada. O João acredita na Ciência. Mas o que é que o João acredita exactamente? Que a Ciência existe? (isso é uma constatação empírica, nada mais). Que os resultados obtidos de acordo com a Ciência estão sempre certos? (mas isso contradiz o espírito científico). Em concreto, em que é que o João acredita?
Quea ciência resolve e explica tudo.Por isso até a psicanálise quer ser ciência – para ter carta de de credibilidade.
Ninguém falou em Deus cristão, mas vai dar ao mesmo, para Sófocles.
Pois, mas para defender essa ideia de que a ciência resolve e explica tudo é preciso um forte grau de iliteracia científica.
“Quea ciência resolve e explica tudo.Por isso até a psicanálise quer ser ciência – para ter carta de de credibilidade.”
Filipe, a pretexto disto segue um link para uma entrevista com Jacques Lacan:
http://braungardt.trialectics.com/sciences/psychoanalysis/jacques-lacan/interview-with-jacques-lacan/
uma ‘jéóvá’ dirige-se a um conhecido meu:
‘-já pensou em Deus?
-sim. eu sou Deus’
a mulher fugiu a pensar que o João de Deus era maluco
estou a cozer o ‘pêxe’ do almoço.
um casal de jeóvás acorda-me a um domingo.
‘-acredita em Deus?
-há 50% de existir e neste caso 50% de se preocupar conosco.’
uma vizinha jéóvá disse-me com ar agressivo que tinham concluido que Jesus não nascera a 25.XII. respondi que nunca tinha visto o Seu BI
a ciência é uma espécie de passatempo que os homens arranjaram. é como brincar com legos em criança ou com carros em adulto. a religião, ou melhor, a fé, é o seu trabalho diário. sem fé não há ciência, sem fé não há nada. um homem é a sua fé, seja ela qual for, dê-lhe ele o nome que entender. estamos condenados a isso. fazer ciência é exercitar a fé através do questionamento do mundo natural.
mas a ciência não deve nunca ser desvalorizada. não é por acaso que brincar é a actividade mais importante do ser humano, e do chimpanzé também!
O Einstein dizia que brincar é a forma superior de aprendizagem. Bem tentei explicar isso em miúdo… ( é assim que treino cães)
Não desvalorizo nada. Nem o Jesus.
um fanático pelas mónadas?
ou pelas monas tante fax
não há forma há formas
superiores ou inferiores implica juízo de value e intui uma prendizage homogénea
e o poste é mais sobre dissemelhanças e aproximações e não proxis
seria um bom poste para cálculo numérico supongo
Einstein, falava de Deus sem despeitos, e com muita confiança na sua cabeça. Como Bento XVI, ou Ratzinger, sentia a fé como uma Luz que ilumina entendimento.
Numa versão ‘pop’, lembro-me da Baronesa Blixen, que no cinema era levada em excursão aerea pela Savana num teco teco e exclamava, perante o seu maravilhamento ” An incredible gift. A glimpse of the world through God’s eye. And I thought: ‘Yes, I see. This is the way it was intended”
Veja-se por outro lado e.g. Saramago – estava sempre despeitado com Deus, porque achava que Ele não lhe concedia audiência. Ou seja, confundia-se e achava que tal legitimava afirmar uma dissonância/distância, i.e. afirmando uma não crença religiosa. De forma apressada, diria que andava com as candeias (de luz que ilumina) talvez ás avessas.
Ah, mas eu adoro os deuses, leio muito os seus profetas.
hã, o saramago estava despeitado com deus, porque achava que ele não lhe concedia audiência? Eu acho que não…
Mas acho interessante a sua religiosidade pop, jorg.