Começou nos blogues e acabou numa coluna de opinião do Expresso desta semana: o escritório de advogados A.Arnaut & Assoc. celebrou por ajuste directo um contrato de prestação de serviços jurídicos com a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra no valor de 40.000 euros, com a vigência de três anos. No dizer dos foliculários, isto é espantoso porque o dr. Arnaut é o campeão do SNS .
A relação entre a defesa do SNS e um contrato com uma escola com autonomia financeira e administrativa ? Podem não intuir rapidamente, o que vos afasta da inteligência homicida que resbuna como gato enroscado no cérebro dos panfletistas, mas não é esse o osso.
Acontece que é a minha mulher que faz a maior parte desse trabalho. E aqui começa a crise conjugal. Estou farto de lhe dizer que em Lisboa as avenças com instituições públicas costumam ter seis zeros depois do algarismo principal, que pouco mais de mil euros/mês ( partilhados!) é uma vergonha e que assim não temos futuro. Ela defende-se dizendo que trabalha num pequeno escritório de província, tutelado por um beirão socialista à moda antiga avesso a negociatas.
Esta polémica recente agravou a crise conjugal. Disse-lhe que ou ela vai para Lisboa trabalhar com os advogados liberais ( muitos colaboram ou colaboraram com o Expresso) que sabem reconhecer o talento quando se trata de celebrar avenças com o Estado, ou então vou dormir para o sofá.
Não morro à fome, até porque cá em casa quem usa o avental sou eu ( as mulheres de hoje só sabem fazer scones).
FNV
É aproveitar enquanto há emprego, porque mais uns meses e vai ser assim:
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1175044-desempregados-gregos-deixam-de-ter-acesso-a-atendimento-medico.shtml
A M.ª João Avillez (quem?!) deu nota 15 ao Ulrich (programa na RTP1 que nem sabia que existia). Ela concorda com o o coiso. Segundo as palavras dela: “É verdade que não existe limite físico para a austeridade. Enquanto estiverem vivos aguentam.” Só é pena que ela esteja ladeada por dois comunas dos sete costados. Ficava mais equilibrado se ela fosse acompanhada pelo Kaúlza de Arriaga e pelo Mário Crespo. Aí sim, a direita estaria bem representada.
[…] E das grandes, supimpíssima. Aqui. […]
[…] Uma crise conjugal. […]
bastante engraçado
um bocadinho de Camilo fica sempre bem
E o “mundo é uma ervilha” ( como diz uma amiga minha).
Com tanto sinal creio que identificou a sua mulher, que creio conhecer, veja lá
eu também , julgo.