Tutoriais

E, no plano das relações luso-angolanas, Paulo Gonçalves diz ser “inaceitável, senão mesmo incompreensível” que perante “a diária degradação das relações entre os dois países em consequência de falsidades publicadas na imprensa portuguesa (…) se deixe continuar o nome do requerente, de outros governantes angolanos e da própria República de Angola, na fogueira mediática”.

Belo. O TC sabe que há outras formas de dirigir a política financeira, a PGR sabe conduzir a política diplomática ( e sem latidos das claques, estranhamente desaçuladas).

Só falta um tutor para Crato e outro para Macedo.

FNV

6 thoughts on “Tutoriais

  1. XisPto diz:

    Um magistrado do MP escrever num processo que espera que a sua decisão “venha contribuir para o desanuviar do clima de tensão diplomática que tem ensombrado com mal entendidos a amizade entre os dois povos irmão, permitindo, conforme decorre de requerimentos apresentados, a realização de encontros e cimeiras sem estigmas infundados, numa reciprocidade de «bom senso»” ultrapassa tudo o que é imaginável e não creio que o inquérito (querem apostar que não haverá conclusões sancionatórias?) posa minorar os estragos causados a todos nós. Não se trata só de não se perceber a utilidade das “considerações”, trata-se do desprestígio absoluto que provoca. Continuaremos a não recear ser inquiridos por sujeitos deste calibre?

    • João. diz:

      Mas…porque razão você se surpreende? O que pensa você que quer dizer “adaptar” a Constituição à situação que vivemos? Quer dizer casos como este. Por mim cumprimento o procurador por nos esfregar na cara o que o governo e a sua corte andam a exigir há muito tempo: que a ordem constitucional se secundarize face à crise em que estamos.

      • XisPto diz:

        A sua lógica resvala do hegelianismo para o tortuoso, cuidado.

      • fnvv diz:

        É Angola. É o ar.

      • João. diz:

        Meu caro, a partir do momento em que o princípio prático em actividade a partir do poder e do governo é o do ajuste directo e contingente da Constituição à situação esse princípio reverbera em tudo o que a Constituição impregna – é que não há meio de controlar esses efeitos senão através de uma Constituição sobre a Constituição, ou seja, através de uma revisão constitucional que deve então ser feita antes e não depois de se começar ajustar a constituição à situação.

        Agora, pessoalmente, eu sou contra uma revisão constitucional à direita e não só eu mas muitos outros portugueses e daí que sejam precisos pelo menos dois terços de representação política sendo este o critério que vale – pouco interessando a choradeira governista ou de qualquer força política que seja.

        Se não querem aceitar, peguem em armas e imponham uma ditadura. Talvez seja mais honesto do que tentar apodrecer o sistema.

  2. nuno diz:

    Louve-se o despudor.
    Esta não é uma opinião. É cultura.
    Viva a diferença!

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