Mais uma impressionante contribuição para o lacanismo kojeviano

“Isto levanta algumas questões, por exemplo, como se determina o motivo pelo qual faltaram à consulta se não estiveram na dita para explicar a sua ausência?”

Sim, como?  É preciso ir à consulta para explicar a ausência  à consulta.

Por exemplo: Olhe sr dr., não estou aqui para lhe explicar que  estou aqui porque não tenho dinheiro  para estar aqui se estivesse aqui.

Nada como um inteligentíssimo  pós-lacaniano cripto-kojeviano  para nos explicar que o desejo é falta.

FNV

22 thoughts on “Mais uma impressionante contribuição para o lacanismo kojeviano

  1. Carlos Duarte diz:

    O post é de uma imbecilidade gritante! Para além de ser (aparentemente) ignorar todo o tipo de comunicação existente desde a Pérsia antiga, passando pelo mui recente e “cutting edge” Sr. Graham Bell, para não falar na absoluta novidade (ainda só descrita em obscuros jornais) de uma coisa chamada eMail na ARPANET, arroga-se (porque de arrogância se trata) de se purificar nos fumos beatíficos do ataque a toda e qualquer demoníaca incarnação de serviço público.

  2. João. diz:

    Eu teria deixado Lacan e Kojeve fora disso.

  3. Entre esta retórica e a do Maduro do outro lado do atlântico a diferença é nula.
    Ainda não falou do reforço de poderes ou escapou-me? Aqui pelo ocidente chamam-lhe ditadura, na Venezuela é a favor do povo

  4. […] Filipe Nunes Vicente fez-me perceber que os médicos sabem que as grávidas não vão a consultas gratuitas por “dificuldades […]

  5. caramelo diz:

    Já se fizeram sketches dos monthy python com menos piada. A propósito, já se querem reunir outra vez, os sobreviventes. Talvez o Vítor Cunha queira ocupar o luigar do Graham Chapman, a saltitar à volta dos outros: Look, look, mate, how do you know fairies don’t exist? Did they told you that, did they? Everyone of them?

  6. Fernando Cardoso Virgílio Ferreira diz:

    Caro Filipe, antes o desejo que é falta do que a falta de desejo.

  7. Luis F. diz:

    E no entanto, é cómico pensar que uma grávida que não pode ir à consulta por falta de €€ liga ou manda um mail a desmarcar.

    • fnvv diz:

      muito cómico.
      Na clínica onde estou ( várias especialidades) isso acontece todo os dias.
      Ainda bem que o diverte.

      • Luis f diz:

        O texto da notícia original é : “«Sabemos hoje que há grávidas que são detetadas com algum risco, que são sinalizadas para os hospitais, e que por dificuldades económicas
        acabam por não estar presentes nessas consultas», afirma.”

        Não se refere a clínicas, mas a hospitais presumivelmente públicos, pelo que o factor taxa moderadora nao deve ter influência. Sobra o custo da deslocação e eventualmente o tempo de trabalho perdido.

        Evidentemente, haverá situações dessas, mas o ponto do Vitor parece-me razoável : de forma mais ou menos mecânica hoje tudo se atribui à crise.

      • fnvv diz:

        Isso sei eu, já quando foi da violência doméstica disse-o também ( e a Ana Matos Pires, psiquiatra do Jugular) se nem me lembro, também.
        Agora é um facto que as deslocações e dia de trabalho perdido ( às vezes dois, porque há pessoas que que têm de ser transportadas, vg os casos de doentes que estão com benzodiazepinas ), no contexto actual conta barbaridades.

    • caramelo diz:

      Luis F. quer explicar porque é que isso é cómico?

  8. R. diz:

    Faz-me lembrar a Síria.
    R.

  9. Miguel diz:

    O Vitinho deve ter acordado ensonado e de certeza que não tem filhos (ou então deixou a mulher tratar de tudo sozinha).

    Vitinho, quando a grávida vai à maternidade para o trabalho de parto, não é díficil constatar que a senhora não foi às consultas pré-natais previstas. Sem iPhone, como que por milagre!

  10. Pedro Martins diz:

    Uma grávida, que não pode ir à consulta por falta de dinheiro, liga ou manda um mail a desmarcar = balelas.

  11. Pequeno Grande Médio diz:

    o vitor cunha é daqueles gajos capazes de provocar câimbras no cérebro dum gajo simples como eu, que só vem aqui à bloga para se distrair, e depois se vê deparado com lógicas e semióticas que ignorava.

    portanto, um pequeno génio discreto em todos o seu esplendor, para quem os detentores de telefones e computadores ligados à net não podem ser pobres.

    gajos como estes têm seguidores em todo o lado.

    ai tem telefone? é rico!!! não tem dinheiro para a consulta? ora, não comprasse o telefone! vá mazé trabalhar, piegas dum raio!

  12. caramelo diz:

    O assunto começou por ser a dificuldade de contacto das grávidas com os hospitais ou médicos, coisa que provocou um nó no cérebro do Vítor e não só, passando rapidamente para a perplexidade que é uma qualquer pessoa com dificuldades económicas possuir meios de comunicação à distância, introduzindo-se a conhecida rábula dos i-phones e da internet, alargada agora, segundo percebi, a qualquer meio de comunicação eléctrica. Só passou depois para as dúvidas sobre as razões das grávidas e a veracidade da informação. Os primeiros são um caso de parvoíce pura. O último nem tanto, é apenas um caso de falta de conhecimento.
    O argumento dos i-phones e da internet é muito comum. Permite a muitos felizardos e pobres de espírito alegarem que um verdadeiro pobre, daqueles que vivem em buracos sem teto e sem rede, não pode dar-se ao luxo de ter internet. Felizmente desconhecem que a internet é uma ferramenta essencial até para desempregados procurarem emprego e sim, horrorizem-se as boas almas, para muitos desocupados passarem os dias agarrados ao facebook.

  13. Geomartir diz:

    Que post tão estúpido. Vá lá, consegue melhor… ou não?

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