Sim, como? É preciso ir à consulta para explicar a ausência à consulta.
Por exemplo: Olhe sr dr., não estou aqui para lhe explicar que estou aqui porque não tenho dinheiro para estar aqui se estivesse aqui.
Nada como um inteligentíssimo pós-lacaniano cripto-kojeviano para nos explicar que o desejo é falta.
FNV
O post é de uma imbecilidade gritante! Para além de ser (aparentemente) ignorar todo o tipo de comunicação existente desde a Pérsia antiga, passando pelo mui recente e “cutting edge” Sr. Graham Bell, para não falar na absoluta novidade (ainda só descrita em obscuros jornais) de uma coisa chamada eMail na ARPANET, arroga-se (porque de arrogância se trata) de se purificar nos fumos beatíficos do ataque a toda e qualquer demoníaca incarnação de serviço público.
Eu teria deixado Lacan e Kojeve fora disso.
Entre esta retórica e a do Maduro do outro lado do atlântico a diferença é nula.
Ainda não falou do reforço de poderes ou escapou-me? Aqui pelo ocidente chamam-lhe ditadura, na Venezuela é a favor do povo
[…] Filipe Nunes Vicente fez-me perceber que os médicos sabem que as grávidas não vão a consultas gratuitas por “dificuldades […]
Já se fizeram sketches dos monthy python com menos piada. A propósito, já se querem reunir outra vez, os sobreviventes. Talvez o Vítor Cunha queira ocupar o luigar do Graham Chapman, a saltitar à volta dos outros: Look, look, mate, how do you know fairies don’t exist? Did they told you that, did they? Everyone of them?
Caro Filipe, antes o desejo que é falta do que a falta de desejo.
vero, vero, the devil you know…
Caro Filipe, e quanto ao Vítor Cunha…falta-lhe o Rêgo: só blasfema quem tem engenho e arte.
ná, eu até lhe acho piada, as ideias é que ás vezes se lhe desorganizam , outras vezes tem razão.
E no entanto, é cómico pensar que uma grávida que não pode ir à consulta por falta de €€ liga ou manda um mail a desmarcar.
muito cómico.
Na clínica onde estou ( várias especialidades) isso acontece todo os dias.
Ainda bem que o diverte.
O texto da notícia original é : “«Sabemos hoje que há grávidas que são detetadas com algum risco, que são sinalizadas para os hospitais, e que por dificuldades económicas
acabam por não estar presentes nessas consultas», afirma.”
Não se refere a clínicas, mas a hospitais presumivelmente públicos, pelo que o factor taxa moderadora nao deve ter influência. Sobra o custo da deslocação e eventualmente o tempo de trabalho perdido.
Evidentemente, haverá situações dessas, mas o ponto do Vitor parece-me razoável : de forma mais ou menos mecânica hoje tudo se atribui à crise.
Isso sei eu, já quando foi da violência doméstica disse-o também ( e a Ana Matos Pires, psiquiatra do Jugular) se nem me lembro, também.
Agora é um facto que as deslocações e dia de trabalho perdido ( às vezes dois, porque há pessoas que que têm de ser transportadas, vg os casos de doentes que estão com benzodiazepinas ), no contexto actual conta barbaridades.
Luis F. quer explicar porque é que isso é cómico?
Faz-me lembrar a Síria.
R.
O Vitinho deve ter acordado ensonado e de certeza que não tem filhos (ou então deixou a mulher tratar de tudo sozinha).
Vitinho, quando a grávida vai à maternidade para o trabalho de parto, não é díficil constatar que a senhora não foi às consultas pré-natais previstas. Sem iPhone, como que por milagre!
Uma grávida, que não pode ir à consulta por falta de dinheiro, liga ou manda um mail a desmarcar = balelas.
é isso, balelas. A verdade é_: pede uma borla.
Ainda vais a ministro do Reino
o vitor cunha é daqueles gajos capazes de provocar câimbras no cérebro dum gajo simples como eu, que só vem aqui à bloga para se distrair, e depois se vê deparado com lógicas e semióticas que ignorava.
portanto, um pequeno génio discreto em todos o seu esplendor, para quem os detentores de telefones e computadores ligados à net não podem ser pobres.
gajos como estes têm seguidores em todo o lado.
ai tem telefone? é rico!!! não tem dinheiro para a consulta? ora, não comprasse o telefone! vá mazé trabalhar, piegas dum raio!
O assunto começou por ser a dificuldade de contacto das grávidas com os hospitais ou médicos, coisa que provocou um nó no cérebro do Vítor e não só, passando rapidamente para a perplexidade que é uma qualquer pessoa com dificuldades económicas possuir meios de comunicação à distância, introduzindo-se a conhecida rábula dos i-phones e da internet, alargada agora, segundo percebi, a qualquer meio de comunicação eléctrica. Só passou depois para as dúvidas sobre as razões das grávidas e a veracidade da informação. Os primeiros são um caso de parvoíce pura. O último nem tanto, é apenas um caso de falta de conhecimento.
O argumento dos i-phones e da internet é muito comum. Permite a muitos felizardos e pobres de espírito alegarem que um verdadeiro pobre, daqueles que vivem em buracos sem teto e sem rede, não pode dar-se ao luxo de ter internet. Felizmente desconhecem que a internet é uma ferramenta essencial até para desempregados procurarem emprego e sim, horrorizem-se as boas almas, para muitos desocupados passarem os dias agarrados ao facebook.
Que post tão estúpido. Vá lá, consegue melhor… ou não?
os patrulhas ( nunca explicam a razão do disparo)agora chegam atrasados. Estão em greve?