1. O governo irlandês conseguiu um prolongamento do pagamento da dívida. Parece que a simpatia se estendeu a Portugal, apesar de todos os esforços de Vitor Gaspar.
2. O alargamento do prazo em sete anos significa que pagaremos menos mil milhões de euros por ano. Uma quantia mais ou menos idêntica à que foi vilmente boicotada pelo tribunal constitucional.
3. Um esquerdista impenitente como eu retira daí que afinal vale a pena negociar com a Europa. Mas, já se sabe, estou intoxicado pelos jornalistas do “Público”.
4. A austeridade continua. Será alargada aos desempregados e aos doentes, ou seja aos “bens não transacionáveis”.
Isto vai lá.
Luis M. Jorge
Estas negociações fazem-me lembrar o bulliyng do meu tempo: ó puto, se comeres aquela minhoca viva, durante três dias não te bato. Para a humilhação não custar tanto, convém dizer que está uma delicia e comer logo outra de seguida.
E depois batem na mesma.
É pró puto saber como a vida custa.
“apesar de todos os esforços de Vítor Gaspar”, essa é que é essa.
E sem qualquer ponta de ironia, não estará na altura de fazerem um exame ao Gaspar? Há doenças que se só manifestam inicialmente através dos comportamentos e só mais tarde é que são detectados. Aqui julgo que o Filipe poderá dizer algo mais. Repito, estou a falar a sério, o Gaspar poderá estar doente, alguém que o leve a fazer um TAC.
Deixemo-nos de pieguices. O raio dos doentes e os chatos dos desempregados estão muito mal habituados – têm de saber o que a vida custa. Têm de deixar a sua zona de conforto. Afinal, como se diria no Insurgente, não passam de loosers.
Nem mais.
“Nem mais”? Já leste chamar loosers aos doentes oncológicos no Insurgente?
Bem, vou apanhar ar fresco.
Insurgente? Doentes oncológicos? Deixei de ler o Insurgente há anos, quando por lá apanhei uns cavalheiros muito sisudos a defenderem a “herança de Pinochet”. Se quiser ler gente estúpida vou ler o Carlos Vidal, que não disfarça a maluqueira. É um problema de estomago.
Pois, entendo.
Ou então a solução proposta por RAP, executar os desempregados…
“O alargamento do prazo em sete anos significa que pagaremos menos mil milhões de euros por ano”
Como é que concluiu isto?
Não concluí. Ouvi as notícias.
Encontrei isto no Câmara Corporativa. Vale a pena ver o vídeo:
http://www.independent.ie/business/irish/austerity-plan-for-ireland-was-a-mistake-and-counterproductive-ex-imf-official-29189848.html
Enquanto um ex oficial do FMI disse que os planos da troika para a Irlanda foram mal desenhados dada a excessiva austeridade o nosso gaspar aparece com um paleio qualquer (veja-se que não fala tão pausadamente – é que talvez nos tome por imbecís) a contestar essa ideia – o homem gosta mesmo disto. É engraçado ver o comentador irlandês a dizer do gaspar que é, parafraseando, um troika-man.
Obrigado, joão.
2. O alargamento do prazo em sete anos significa que pagaremos menos mil milhões de euros por ano. Uma quantia mais ou menos idêntica à que foi vilmente boicotada pelo tribunal constitucional.
Na realidade vai pagar mais por ano, se quiser comparar despesa com despesa. O que isto vai permitir é reduzir a dívida de substituição a emitir. Não é comparável com a decisão do TC, concorde-se ou não com ela.
Como lhe disse, não analisei, vi as notícias.